Beth
Goulart, que também assina adaptação e direção, ganhou quatro prêmios de melhor
atriz com o espetáculo: Shell 2009, APTR, Revista Contigo e Qualidade Brasil —este último premiou o
monólogo também como melhor espetáculo. O espetáculo foi indicado ainda ao
Prêmio Shell 2009 de melhor iluminação (criada por Maneco Quinderé) e melhor
produção pelo Prêmio APTR.
O
espetáculo mostra a trajetória da escritora Clarice Lispector em direção ao
entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições. Uma autora
e seus personagens dialogando sobre a vida e morte, criação, Deus, cotidiano,
palavra, silêncio, solidão, entrega, inspiração, aceitação e entendimento. O
texto é extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice e
trechos dos livros: Perto do Coração
Selvagem, Uma Aprendizagem ou O Livro
dos Prazeres e os contos Amor e Perdoando Deus.
Joana,
uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector
que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler Perto do Coração Selvagem, romance de estreia da autora, sua
identificação foi inevitável. "Eu
achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com
esse processo criativo? Só Clarice me entendia", confessa Beth. Depois
de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na
escrita de Clarice. Entre elas está Ana, do conto Amor, que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e
tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela
representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos.
Lóri,
da obra Uma aprendizagem ou O Livro dos
Prazeres é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para
descobrir o amor. Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto Perdoando Deus, se deixa mergulhar na
liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a
inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres, que para Beth
"representam algumas facetas da própria Clarice", foram escolhidas
para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Em Simplesmente eu, Clarice Lispector,
a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que
reconhece em si mesma.
Sobre
a motivação para fazer a peça, Beth afirma: “O
que me levou a fazer Clarice Lispector no teatro foi o mistério do espelho, a
identificação que sinto por ela, além da vontade de trazer mais luz sobre esta
mulher que revolucionou a literatura brasileira, redimensionou a linguagem
falando do indizível com a delicadeza da música, usando a escrita como uma
revelação, buscando o som do silêncio ou fotografar o perfume.” Para o
monólogo, Beth passou dois anos mergulhada em longa pesquisa.
Direção e parceiros
“Optei na direção por uma linha de sutilezas e sugestões. Ao invés de estar maquiada como Clarice, escolhi uma máscara neutra para poder me transformar nos outros personagens e voltar para ela. Os personagens nascem pela energia de cada um, de dentro para fora e não ao contrário, assim como o figurino com pequenos detalhes que se somam a uma base também neutra. O cenário se utiliza do vazio essencial com os elementos mais concretos demarcando as áreas de ação da autora deixando o vazio para seus personagens. O tom de Clarice é mais narrativo, como uma conversa com o público e seus personagens são mais ousados na linguagem corporal e na dramaticidade e humor. A música ajuda na fluidez do espetáculo tornando tudo um movimento contínuo que se estende do início ao fim. A luz é fundamental para delinear os espaços e criar a magia das dimensões”, explica Beth Goulart.
Direção e parceiros
“Optei na direção por uma linha de sutilezas e sugestões. Ao invés de estar maquiada como Clarice, escolhi uma máscara neutra para poder me transformar nos outros personagens e voltar para ela. Os personagens nascem pela energia de cada um, de dentro para fora e não ao contrário, assim como o figurino com pequenos detalhes que se somam a uma base também neutra. O cenário se utiliza do vazio essencial com os elementos mais concretos demarcando as áreas de ação da autora deixando o vazio para seus personagens. O tom de Clarice é mais narrativo, como uma conversa com o público e seus personagens são mais ousados na linguagem corporal e na dramaticidade e humor. A música ajuda na fluidez do espetáculo tornando tudo um movimento contínuo que se estende do início ao fim. A luz é fundamental para delinear os espaços e criar a magia das dimensões”, explica Beth Goulart.
Ela
ainda escolheu parceiros de peso para a criação do espetáculo. A supervisão de
direção é do mestre Amir Haddad que irá questionar as escolhas da atriz e
diretora para atingir melhor o público e compartilhar a alegria do ato teatral.
A trilha foi criada por Beth e especialmente composta por Alfredo Sertã
inspirada em Eric Satie, ArvoPart, Debussy e LaloSchifrin.
A
iluminação é de Maneco Quinderé. A direção de movimento de Márcia Rubin é
fundamental para a sutileza das transmutações e a precisão de gestos. A
caracterização foi feita de forma cuidadosa. "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a
ser escrita por esses personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos
sentimentos, pela luz”.
A peça estreou em julho de 2009, em Brasília e já foi apresentada nos Festivais de Curitiba, Belo Horizonte, Guaramiranga (CE) e Juiz de Fora (MG), além de fazer temporadas no Rio, em São Paulo, Florianopólis, Fortaleza e diversas outras cidades brasileiras.
A peça estreou em julho de 2009, em Brasília e já foi apresentada nos Festivais de Curitiba, Belo Horizonte, Guaramiranga (CE) e Juiz de Fora (MG), além de fazer temporadas no Rio, em São Paulo, Florianopólis, Fortaleza e diversas outras cidades brasileiras.
Um
dos maiores objetivos de Simplesmente eu,
Clarice Lispector é fomentar a leitura. Por isso, após cada apresentação,
Beth Goulart realiza o sorteio de dois livros.
Clarice Lispector
Um dos maiores nomes da literatura nacional, Clarice Lispector era ucraniana naturalizada brasileira. Chegou ao Brasil em 1920 e faleceu em 1977. Teve uma vida marcada por intensa produção literária e, além de escritora, foi jornalista. Seus textos foram adaptados para cinema e teatro. Entre suas obras mais famosas estão A hora da Estrela, Perto do Coração Selvagem e Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, além de contos e correspondências.
Clarice Lispector
Um dos maiores nomes da literatura nacional, Clarice Lispector era ucraniana naturalizada brasileira. Chegou ao Brasil em 1920 e faleceu em 1977. Teve uma vida marcada por intensa produção literária e, além de escritora, foi jornalista. Seus textos foram adaptados para cinema e teatro. Entre suas obras mais famosas estão A hora da Estrela, Perto do Coração Selvagem e Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres, além de contos e correspondências.
Ficha técnica:
Texto: Clarice Lispector
Adaptação, interpretação e direção: Beth Goulart
Supervisão: Amir Haddad
Diretora de Produção: Pierina Morais
Produção Executiva: Manoela Bendia Reis Carvalho
Diretor de Cena: André Boneco / Guaraci Ribeiro
Operador de som e vídeo: Paulo Mendes
Operadora de luz / iluminação: Diana Cruz
Camareira: Eliane Silva
Adaptação, interpretação e direção: Beth Goulart
Supervisão: Amir Haddad
Diretora de Produção: Pierina Morais
Produção Executiva: Manoela Bendia Reis Carvalho
Diretor de Cena: André Boneco / Guaraci Ribeiro
Operador de som e vídeo: Paulo Mendes
Operadora de luz / iluminação: Diana Cruz
Camareira: Eliane Silva
Serviço:
Teatro Iguatemi Campinas
Endereço: Av. Iguatemi 777, Vila Brandina, Campinas – 3º piso
Datas: 3,4,5 e 10,11,12 de maio
Horários: sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h
Valor dos ingressos: sexta - R$50 e R$25 (meia); sábado e domingo - R$60 e R$30 (meia)
Venda de ingressos: pelo Ingresso.com (www.ingresso.com.br) ou na bilheteria do teatro de terça-feira a sábado das 13h às 21h e domingos das 12h às 20h
Informações e programação: www.teatroiguatemicampinas.com.br
Telefone: (19) 3294-3166
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos.
Teatro Iguatemi Campinas
Endereço: Av. Iguatemi 777, Vila Brandina, Campinas – 3º piso
Datas: 3,4,5 e 10,11,12 de maio
Horários: sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h
Valor dos ingressos: sexta - R$50 e R$25 (meia); sábado e domingo - R$60 e R$30 (meia)
Venda de ingressos: pelo Ingresso.com (www.ingresso.com.br) ou na bilheteria do teatro de terça-feira a sábado das 13h às 21h e domingos das 12h às 20h
Informações e programação: www.teatroiguatemicampinas.com.br
Telefone: (19) 3294-3166
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos.
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