Para pensar:

"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."

Mario Quintana

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SAAE monitora fauna da área da represa do rio Capivari-Mirim

Sergio Squilanti - DCS/SAAE
A Atol Consultoria Ambiental, contratada pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgotos), deu início no último dia 17 ao Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre na área de 1,3 milhão de m² onde será construída a Barragem do Rio Capivari-Mirim, no Bairro Mirim.
Serão realizadas nove campanhas de monitoramento, sendo quatro trimestralmente no primeiro ano de construção da obra, uma campanha seis meses após a supressão da vegetação e mais quatro campanhas, trimestralmente, no primeiro ano de operação do empreendimento. O objetivo do monitoramento é verificar a condição da fauna local e o quanto a obra irá impactar na população faunística. A empresa também será a responsável pelo manejo e salvamento dos animais durante a supressão da vegetação, visando à diminuição dos impactos ambientais.
De acordo com coordenador Arthur S. Tahara, da Atol Consultoria Ambiental, na primeira campanha, realizada de 17 a 23 de agosto, foram encontrados ouriço, morcego, coelho, gambá, cuíca, sapos, lagartos e vários tipos de aves, como canário do campo e papagaios. O relatório completo será entregue ao SAAE em breve.
Para captura e monitoramento dos animais, foram utilizados três pontos de amostragem, com diversos tipos de armadilhas:
  • Fotográfica, com sensor de movimento e infravermelho;
  • Pitfalls, que são recipientes enterrados no solo intercalados com cercas guias destinadas, principalmente, para animais que habitam o solo, como anfíbios e répteis;
  • Armadilhas do tipo tomahawk e caixa sherman, para captura de pequenos mamíferos, instaladas no solo e nas árvores;
  • Redes de neblina aberta para captura de aves e morcegos.
Após a captura, é realizada biometria dos animais capturados, para medir peso e comprimento, verificar o sexo, identificar a espécie e fazer a marcação antes da soltura.
Nos mamíferos, são colocados brincos de identificação; nos anfíbios, implantes fluorescentes de elastômero. Os répteis recebem microchips e as aves e morcegos, uma anilha.
“O trabalho de monitoramento, manejo e salvamento das espécies é muito importante para diminuir o impacto ambiental durante a construção da barragem”, enfatiza o superintendente do SAAE, engenheiro agrônomo Nilson Alcides Gaspar.
A mesma preocupação foi tomada em relação à preservação da ictiofauna (peixes) do Rio Capivari-Mirim, que será represado A barragem contará com um canal para transposição dos peixes.
Neste caso da ictiofauna, outras seis campanhas serão realizadas durante todo o período de execução da obra, que deverá estar concluída em dois anos.
Os técnicos da Atol constataram a existência de uma grande diversidade de peixes no Rio Capivari Mirim. Cerca de 550 peixes foram capturados e soltos durante o levantamento, sendo os de maior ocorrência lambari, tambiú, ximboré, piava, piaba, peixe cachorro, peixe cadela, traíra, saguiru, mato grosso, tuvira, itui, cascudo, lebiste, cará, coridora e mandi chorão.

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