João Caldas |
Considerado durante dois anos O Rei da Comédia pela revista Veja São Paulo, o diretor Alexandre
Reinecke completa 30 anos de carreira e conta 50 peças no currículo, tendo
atuado em 10 e dirigido 40. E para comemorar sua 40ª direção teatral, Reinecke
fez a junção de grandes mestres da comédia e do teatro, reunindo no mesmo
elenco Priscila Fantin (que além de atuar na TV e no cinema também investe em
sua carreira no teatro há alguns anos), Hugo Possolo (Parlapatões), Celso
Frateschi (reconhecido por sua atuação em dramas, agora em uma de suas
primeiras incursões na comédia), Ary França (Ornitorrinco) e Iara Jamra (Pó de
Minoga). Ao todo, são dez atores na peça que fala sobre teatro, faz uma
homenagem à arte e leva o público às gargalhadas. Reinecke é de Campinas e
comemora na cidade a pré-estreia de sua mais nova peça.
Apresentada pela Vivo, por meio do projeto Vivo EnCena, La
Bête, ou A Besta, é uma comédia em versos escrita pelo dramaturgo
norte-americano David Hirson (nascido em 1958). O espetáculo estreou na
Broadway em 1991 com grande sucesso e recebeu entre outros prêmios, o Olivier
Award de melhor comédia, em 1992. Sua última e mais importante montagem
aconteceu em 2010, no West End de Londres, com Mark Rylance no elenco. Tal
montagem foi um grande sucesso de público e crítica, ficou vários meses em
cartaz e, de lá, seguiu para a Broadway, com o mesmo elenco.
Inspirada em Molière e sua trupe, a farsa é ambientada na
França, em 1654, na propriedade de uma Princesa (Priscila Fantin), a
patrocinadora da companhia de teatro. A história fala do conflito entre dois
homens: Elomire (Celso Frateschi), nome que é um anagrama do nome de Molière, o
diretor da companhia, artista sério e respeitado e Valério (Hugo Possolo), um
comediante popular, canastrão e vaidoso. Ocorre que Valério caiu nas graças da
Princesa patrocinadora e ela insiste para que ele passe a integrar a trupe.
Apesar de Elomire rejeitar furiosamente a ideia de incorporar Valério, a
companhia é obrigada a encenar uma de suas peças, o que vai gerar uma
transformação no futuro de seus artistas. É um texto a um só tempo requintado e
hilário, que dá aos atores oportunidade de esbanjar talento nos monólogos
cômicos em que defendem suas ideias e coloca uma discussão surpreendente sobre
arte erudita, arte popular, preconceito e entretenimento.
Parlapatões em A
Besta
“Em 22 anos de
estrada, os Parlapatões sempre percorreram os rumos da comédia, tendo encenado
mais de cinquenta espetáculos. Nosso humor festivo, que favorece o improviso,
bebeu na fonte clássica e já passou por Shakespeare, Molière, Aristófanes e
Rabelais, mestres do gênero. Encontrar a bem-sucedida A Besta é como fazer um resumo de uma divertida
aventura. As situações vividas pelas extrovertidas personagens desta comédia
traçam um retrato profundo do ofício de comediantes e resultam até numa fina
autoironia, deixando-nos à vontade para rirmos de nós mesmos. Este espírito
apaixonante do ator por sua arte, que o texto traduz tão bem, gera um enorme
envolvimento do público e certamente agradará às mais variadas plateias, por
sua comunicação clara e imediata. Este projeto se torna melhor ainda, uma vez
que concretiza antigas vontades artísticas de nosso grupo, como a de trabalhar
com um diretor mestre da comédia como Alexandre Reinecke. A peça reúne nomes
expressivos do teatro que celebram juntos essa homenagem à arte que A Besta traz em si, para levar o público às
gargalhadas e para celebrar a arte teatral.”
Hugo Possolo
O Olhar do Diretor
“Poucas vezes se vê,
em nossos dias, uma comédia com dramaturgia toda rimada, criativa e
inteligente, que remeta o público à Idade Média, com dez atores em cena e uma
grande produção. Em ano de Copa do Mundo, nada melhor que uma seleção de
craques da comédia. Montar A Besta
com os Parlapatões e sua trupe é a realização de um sonho. Eles são OS caras da
comédia paulistana, com quem, há muito, venho tentando uma parceria. A eles
junta-se um dos melhores produtores do país, Giuliano Ricca, meu parceiro de
anos, que de cara abraçou este projeto tão grande e ambicioso. É realmente um dream
team… Enfim, realizar este projeto significa
investir na força do teatro e na grandeza do diálogo refinado, que nesta obra
consegue ser popular, e na pujança de uma peça que vai encantar o público, com
muito humor, inteligência e grande importância para o teatro brasileiro.”
Alexandre Reinecke
No dia de estreia, 5 de abril, acontece a segunda edição de
2014 da série Encontros Vivo EnCena
em Campinas, que conta com a participação do elenco a partir do tema Teatro e Transformação, com mediação de
Expedito Araújo, curador artístico do Vivo EnCena.
Integrante do projeto cultural Vivo EnCena, iniciativa da
Vivo para as Artes Cênicas, a parceria permite uma série de ações como
temporadas, circulação de espetáculo, workshops
e debates que promovem maior acessibilidade, reflexão e intercâmbio para todos.
O espetáculo é apresentado pela Vivo por meio da Lei Federal de Incentivo à
Cultura, do Ministério da Cultura.
Sobre o Projeto
Cultural Vivo EnCena
O Vivo EnCena é uma iniciativa da Vivo que estimula o
intercâmbio de projetos de artes cênicas com o objetivo de contribuir para o
desenvolvimento do país e da sociedade como um todo. O teatro é pensado além do
espetáculo, sendo estabelecida uma rede de ações de formação de plateia,
inclusão cultural e desenvolvimento profissional, compartilhando histórias
inspiradoras, conceitos inovadores e ideias transformadoras no âmbito da
cultura. O Vivo EnCena é realizado há dez anos e está presente em 20 estados de
todo o país, além de realizar ações próprias e a curadoria do Teatro Vivo,
situado na capital paulista.
Ficha Técnica:
Texto: David Hirson
Direção: Alexandre Reinecke
Tradução: Clara Carvalho
Assistente de direção: Fernanda Cunha
Elenco: Priscila Fantin, Hugo Possolo, Celso Frateschi, Ary
França, Iara Jamra, Alexandre Bamba, Carol Mariottini, Daniela Mustafci, Fabek
Capreri e Renan Duran
Cenografia: Jose de Anchieta
Construção do cenário: Ono Zone Estúdio (Fernando Brettas e Waldir
Rosseti)
Iluminador: Fran Barros
Figurinista: Fabio Namatame
Assistente de Figurino: Juliano Lopes
Adereços / Chapéu: Antonio Ocelio de Sa Alencar
Trilha Original: Daniel Maia
Fotos: João Caldas
Assistente de fotografia: Andreia Machado
Maquiagem estúdio: Eliseu Cabral
Programação Visual: Estação Design
Revisão: Regina Stocklen
Design Ricca Produções: Daniela Blaj
Assessoria de imprensa nacional: Morente Forte
Making-Off:
Trapézio Filmes
Diretor de cena: Renato Orbite
Contrarregra: Ângelo Máximo
Operador de som: Thiago Rocha
Operador de luz: Mattheus Chaves
Camareira: Sandra Matos
Diretor financeiro: Andre Mello
Administração financeira: Ricca Produções (Patrícia Velho,
Thiago Oliveira)
Administração peça teatro: Erika Horn
Administração geral: Ricca Produções
Lei de incentivo: Sodila Projetos Culturais
Assessoria contábil: Beltrame Contabilidade
Assessoria Jurídica: Drº Alex Vieira
Produção executiva: Carmem Oliveira
Assistente de Produção: Estevão Diniz
Direção de produção: Giuliano Ricca
Produtores Associados: Alexandre Reinecke, Giuliano Ricca,
Hugo Possolo
Realização: Ricca Produções Artísticas, Parlapatões E
Reinecke Produções Culturais.
Produção Local: BR Produtora
Serviço:
Estreia Nacional A
Besta
Local: Teatro Brasil Kirin – Shopping Iguatemi Campinas -
Av. Iguatemi 777, Vila Brandina (3º piso) – Campinas
Datas: 5, 6, 11, 12 e 13 de abril
Horários: sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h
Bilheteria informações: (19) 3294-3166
Preço: R$60,00 e R$30,00 (meia). Antecipado – R$45,00
Duração: 90 minutos
Lotação: 515
Classificação etária: 12 anos
Gênero: Comédia
Venda de ingressos: pelo site
ingresso.com (www.ingresso.com.br)
Bilheteria: de terça-feira a sábado, das 13h às 21h, e
domingos das 12h às 20h
Informações e programação: www.teatrobrasilkirin.com.br.
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